Death Cab For Cutie – Plans

Não foi assim há tanto tempo que os Death Cab For Cutie lançaram o seu primeiro álbum. Seis anos. Plans (2005), o quinto álbum de originais da banda norte-americana, é o primeiro a fazer parte do catálogo de uma grande editora. Não sei se existe alguma relação com a mudança mas Plans é pouco mais do que um exercício interessante.

Circular, quase vulgar, perde-se em vagarosos passeios à beira-rio no pôr-do-sol quando podia estar a explodir ou a pedir ajuda a uma qualquer senhora endinheirada. Plans é um déjà vu da pop. Recupera e revisita imagens básicas em canções menos trabalhadas do que se esperaria dos Death Cab For Cutie. Pouco intenso, pouco forte, pouco bonito e pouco delicado. Onze temas: onze bifes sem tempero.

A espaços, pequenas partes de canções dão valor a Plans: o início de “What Sarah Said”, com o piano a liderar, ou o final de “Stable Song”, lenta, asfixiada pela distorção da guitarra eléctrica, cheia de grão. Estes exemplos são, ainda assim, insuficientes para que se possa elevar a simplicidade de Plans a um patamar que não é o seu.

Existe qualidade técnica e as letras de Ben Gibbard até nem são tão más quanto isso. Mas enfim… Plans também não é tão mau quanto isso. Mas está definitivamente longe de ser um álbum inventivo. É, no seu melhor, um conjunto de músicas calminhas para aparecer de vez em quando numa sessão de shuffle num qualquer computador ou auto-rádio.

5/10 | Filipe Marques

~ por hiddentrack.net em 2, Setembro, 2005.

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